"A SAGA DOS CAMELÔS DESAFORTUNADOS: UM SHOPPING SEM LICENÇA, ÁGUA OU ENERGIA"
Nas ruas agitadas, onde o comércio pulsa, Ergue-se um espaço, obra lenta e confusa. Um shopping de camelôs, uma visão peculiar, Mas, tristemente, seu destino é o de penar.
Foram sete anos, um tempo exasperante, Para ver surgir o prédio, lentamente avançante. Mas alegrias fugazes logo se desfazem, Pois o descaso se instala e a esperança desaparece.
A inauguração chega, festa ou pompa, E, no entanto, a vida não flui como trompa. Água e energia, lamentos em vão, Jamais foram ligadas, é um triste refrão.
A fiação, tão solta, ameaça o perigo, Um emaranhado caótico, um desatino antigo. Os vidros, quebrados, espelham o descuido, Uma triste imagem de um sonho perdido.
E o licenciamento, o selo tão precioso, Do Corpo de Bombeiros, falta, doloroso. Os camelôs, batalhadores incansáveis, Impedidos de trabalhar, sentem-se vulneráveis.
Assim, o shopping dos camelôs se vê, Imerso em problemas, um fardo a carregar.
Um poema triste, mas que expõe a realidade, De um lugar esquecido, mergulhado na adversidade.
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