O prefeito Fábio Gentil decidiu desafiar o Ministério Público Federal e mandou o funcionário do almoxarifado, o farmacêutico Zé Lucas, abastecer as clínicas da FACEMA com medicamentos e material odontológico comprados com recursos da Prefeitura de Caxias. Essas clínicas são usadas pelos alunos da instituição para aulas práticas, e os alunos pagam mensalidades caras para usá-las. A FACEMA está recebendo o material usado pelos alunos da prefeitura. Isso é ilegal, especialmente considerando que o prefeito fez recentemente um acordo político com a família Coutinho, proprietária da IES, o que sugere que a entrega de material poderia já ser o “pagamento” pelo acordo político celebrado.
Enquanto abastece a FACEMA e mostra a entrega em vídeo, faltam medicamentos básicos nos hospitais e postos de saúde públicos. A presidente da Câmara Municipal de Aldeias Altas, Fernanda Bacelar, denunciou recentemente a falta de medicamentos no Hospital Geral de Caxias e afirmou que precisa trazer medicamentos e material para os pacientes daquela cidade atendidos em Caxias. Caxias é referência do SUS para Aldeias e São João do Soter. As UBS da zona rural e da cidade estão sem medicamentos e material odontológico para atender os pacientes há vários meses.
A aquisição de material para uma faculdade particular em detrimento das unidades públicas caracteriza crime que deverá ser apurado pelo MPF. Fábio Gentil cada dia que passa pavimenta uma história de desvios e fraudes com bens públicos e envolve funcionários que são obrigados a gravar vídeos que comprovam a prática ilícita. Fontes próximas a Fábio Gentil afirmam que o objetivo seria mostrar que o prefeito havia comprado medicamentos e material, mas a ordem foi entregá-los à FACEMA, e não aos PSFs e hospitais, onde a população da cidade sofre com a falta de recursos básicos.
Caxiasnews
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