Flávio Dino esteve à frente do governo maranhense por dois mandatos, e o atual governador do estado é seu sucessor. Durante sua gestão, o atual ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula não conseguiu reduzir índices de criminalidade no estado. O ano de 2016, o segundo sob seu comando, foi marcado pelo mais alto número de mortes violentas no Maranhão em toda a série histórica apurada pelo FBSP, com mais de 2,3 mil homicídios.
A partir de 2018, quando vários estados passaram a registrar redução no número de mortes violentas, o Maranhão registrou uma pequena diminuição nos índices em 2018 e 2019, mas voltou ao patamar anterior a partir de 2020.
Ao anunciar sua saída do governo para ser pré-candidato ao Senado Federal, no ano passado, Dino deixava o estado em um cenário bastante crítico, segundo o Anuário de Segurança Pública 2022. No ano anterior à sua saída, o estado teve, disparadamente, o maior aumento proporcional de roubo de veículos do país – o acréscimo foi de 90,4%. A título de comparação, o segundo maior aumento proporcional ocorreu no Acre, e foi de 25%.
O Maranhão também ocupou, em 2021, um dos primeiros lugares no ranking de estados com o maior aumento de crimes de latrocínio, atrás apenas de Bahia, Amazonas, Amapá e Rondônia. O estado teve ainda o maior aumento proporcional de roubo de pessoas nas ruas, com acréscimo 21,4%, enquanto o país registrou redução média de 7,5%. O Maranhão também figurou muito mal em crimes como roubo a estabelecimentos comerciais, roubo de celulares e tráfico de drogas.
Com relação às forças de segurança, o número de policiais assassinados em serviço se manteve o mesmo no último ano. Destaca-se, entretanto, o número de policiais que tiraram a própria vida. O Maranhão lidera os casos de suicídio de agentes de segurança segundo a última edição do Anuário, com aumento de 210%, frente à média de 59,7% no restante do país.
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