terça-feira, 21 de março de 2023

PROMESSAS VAZIAS E AUSÊNCIA DE COMPROMISSO: A SITUAÇÃO DO LIXÃO EM CAXIAS-MA E A FALTA DE AÇÃO DOS POLÍTICOS.


Por ano, são 30 milhões de toneladas de lixo descartadas a céu aberto, em aterros irregulares, chamados popularmente de lixões. É uma imensidão — o peso equivale a quase duas vezes a produção anual de laranjas do país, por exemplo.
Essas montanhas de lixo são um problema não só para a paisagem urbana. Elas contaminam o solo e o lençol freático — ou seja, infectam os reservatórios de água —, liberam gases poluentes na atmosfera e acabam se tornando ponto de proliferação de doenças.
Em Caxias-MA 
O processo referente ao lixão data de 2014, durante o mandato do ex-prefeito Léo Coutinho. A responsabilidade pela questão é do município, representado pelo prefeito. Desde 2019, a prefeitura atual está sendo cobrada para cumprir a decisão judicial que determinou a construção de um aterro sanitário.
No entanto, é importante destacar que a cobrança atual está mais intensa devido à participação da sociedade civil no processo, o que garantiu uma tramitação prioritária. Sendo assim, é necessário que sejam tomadas medidas efetivas para resolver o problema do lixo na região, visando a preservação do meio ambiente e a saúde pública.
Há mais de seis anos, o povo de Caxias-MA, principalmente aqueles que moram próximos ao lixão, aguarda uma solução para o problema. O prefeito Fábio Gentil prometeu resolver a questão, mas até agora a promessa não foi cumprida. Produtos hospitalares são jogados no local, o que é inadequado, pois esses materiais requerem um tratamento diferenciado, como a incineração em equipamentos apropriados.
O lixo hospitalar é infectante e precisa de coleta seletiva. 


O problema é tanto social quanto de saúde pública, pois a fumaça tóxica inalada pelos cidadãos pode causar problemas respiratórios e até mesmo câncer. Os moradores das áreas próximas, como IPEM, Sabiá, Anterior Viana e Teso Duro, sofrem com a poluição. Além disso, há famílias que dependem do lixão para sobreviver, o que agrava ainda mais o problema social.
Uma solução seria a criação de um auxílio pela prefeitura para atender essas pessoas. Quanto ao aterro sanitário, mais de 700 milhões de reais foram disponibilizados em verba orçamentária, mas até agora o município de Caxias não divulgou nada sobre a construção. 
Com isso mostra que o lixão nunca foi prioridade atual gestão. Por enquanto o que parece é que o prefeito Fábio Gentil está mais preocupada em garantir alianças políticas para a próxima eleição do que em solucionar problemas importantes que afetam diretamente a vida da população. Questões fundamentais, como a educação, saúde e regularização fundiária, são negligenciadas em detrimento de interesses políticos.

Além disso, a situação do lixão é um exemplo concreto de como a falta de comprometimento dos governantes afeta a qualidade de vida das pessoas. Crianças e famílias inteiras vivem em condições precárias, tendo que sobreviver comendo lixo, enquanto os políticos se preocupam mais em fazer acordos políticos e justificar ausências em audiências importantes.
Ainda mais preocupante é o caso do prefeito que quase perdeu a mãe na UTI e usou isso como justificativa para não comparecer à audiência de conciliação do lixão. Essa atitude demonstra uma total falta de responsabilidade e compromisso com a causa pública.
É fundamental que os governantes compreendam que a política deve estar a serviço da população e não o contrário. É necessário que se priorize a resolução dos problemas reais que afetam a vida das pessoas, como a educação, a saúde, a regularização fundiária, o saneamento básico, entre outros.
Por isso, é importante que a população fique atenta aos políticos que só pensam em eleições e alianças políticas, e cobrem deles ações concretas para solucionar os problemas que realmente importam. É necessário que se exija transparência, responsabilidade e comprometimento com a causa pública. Somente assim, poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

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