A canção "Galos, noites e quintais" de Belchior é uma reflexão nostálgica sobre a simplicidade da vida rural e como as experiências da vida podem mudar uma pessoa. A música começa com a descrição do passado do cantor, quando ele era feliz e alegre como um rio, um bicho ou um bando de pardais. Ele recorda os tempos em que caminhava pelos campos de milho-verde e sentia saudade do verde marinho.
Em seguida, o cantor menciona que o tempo negro chegou e o fez mal. Ele não é mais feliz, mas também não é mudo, pois ele ainda pode expressar sua tristeza por meio da música. A canção parece ser uma crítica à sociedade moderna e ao modo de vida urbano que tornam as pessoas infelizes e desapegadas da natureza e da simplicidade da vida rural.
A letra da canção é poética e utiliza metáforas como "olhar lacrimoso" para descrever a tristeza e a nostalgia do cantor. A escolha de palavras como "bagaço de cana do engenho" e "milho-verde que ondeia" evoca imagens vívidas da vida rural brasileira. A repetição do verso "Não sou feliz, mas não sou mudo" enfatiza a ideia de que, mesmo que a vida tenha mudado, ainda há algo a ser dito e expressado por meio da música.
No geral, a canção "Galos, noites e quintais" é uma reflexão poética e melancólica sobre a vida rural e as mudanças que a vida pode trazer. A música é uma mensagem sobre a importância de valorizar as coisas simples da vida e a conexão com a natureza, que muitas vezes são perdidas na sociedade moderna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário