Aguas de Março" é uma canção icônica na música popular brasileira, composta por Antonio Carlos Jobim em 1972 e gravada por muitos artistas, incluindo a grande cantora Elis Regina, que fez uma versão lendária da música em 1974. A música evoca a transição do verão para o outono, trazendo à tona uma mistura de imagens e metáforas que refletem a natureza, a vida, a morte e a esperança. A letra começa com uma série de imagens contrastantes: "É o pau, é a pedra, é o fim do caminho / É um resto de toco, é um pouco sozinho / É um caco de vidro, é a vida, é o sol / É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol". Essas imagens refletem a dualidade da vida - a luz e a escuridão, a alegria e a tristeza - e nos levam a uma jornada de descoberta poética. A música continua a explorar uma série de imagens, como "peroba no campo, é o nó da madeira / Caingá candeia, é o matita-pereira", que são nomes de árvores e pássaros que são encontrados na natureza. A letra também menciona elementos como vento, chuva e riachos, evocando a natureza em suas diversas formas. Ao longo da música, há uma sensação de progressão ou movimento, com as "águas de março" fechando o verão e trazendo consigo a promessa de vida renovada. A letra também menciona elementos culturais brasileiros, como a garrafa de cana e o projeto da casa, que dão à música uma sensação de lugar e de comunidade. O refrão, "São as águas de março fechando o verão / É a promessa de vida no teu coração", reflete a ideia central da música - que, mesmo no fim de uma estação, há a promessa de uma nova vida. É uma música que celebra a beleza e a fragilidade da vida, a natureza em todas as suas formas e a esperança que a renovação traz.
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