(Coluna cultural de fim de semana)
Imagine perder algo importante, uma coisa que você carregou durante toda sua vida e que esteve ao seu lado nos melhores e piores momentos. Perdi Meu Corpo (J'ai perdu mon corps), uma animação francesa vencedora do Grande Prêmio Nespresso no Festival Canes e indicada ao Oscar de Melhor Filme Animação em 2020. Trata da história de Naoufel, um jovem parisiense e a jornada de sua mão decepada através da cidade para reencontrá-lo. Durante o trajeto da mão perdida em busca do seu corpo, a história da paixão do jovem por uma bibliotecária, Gabrielle, é contada e os fatos que levaram a perca de algo tão inusitado são esclarecidos.
Durante o longa, a infância de Naoufel é abordada, juntamente com suas perspectivas e desilusões. Mostrando ao espectador, uma vida totalmente mudada após um trágico acontecimento muito antes da mão perdida. Somando-se a essa passagem, a paixão por Gabrielle muda novamente a vida de Naoufel, fazendo-o mais uma vez tomar novos rumos.
“Eu não disse que era fácil. Nem sempre se ganha. É a vida.” Diz o pai de Naoufel nos momentos iniciais do filme, durante uma lição crucial para o desenrolar da trama.
Perdi Meu Corpo, disponível na Netflix, é uma obra reflexiva sobre os caminhos que nossas vidas podem tomar, mesmo que muito cedo, juntamente com as mudanças pelas quais passamos. Além disso, sobre o quão difícil tudo isso pode ser, mas “É a vida.” E resta apenas aceitar. Por fim, com um estilo de animação que salta aos olhos e questionando conceitos como liberdade e destino, a mistura de romance e fantasia, aborda temas íntimos e comuns a todos que possam apreciá-la.
Por Arnaldo Filho
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