A DESOLAÇÃO DA LEGISLATURA: FIGURANTES SEM VOZ E A AUSÊNCIA DO PAPEL FISCALIZADOR
Em meio à sombra da apatia política, a Câmara de Vereadores de Caxias enfrenta uma crise de representatividade tão profunda que as sessões, outrora pulsantes de participação cidadã, agora ecoam vazias nos corredores da desilusão.
O respaldo de alguns vereadores atingiu um ponto tão baixo que convocar a população tornou-se um ato temerário. O medo da rejeição paira como uma nuvem densa sobre o plenário da casa legislativa, levando as reuniões a ambientes fechados, longe dos olhares críticos dos cidadãos.
O cenário é marcado por uma legislatura que se destaca não pelo protagonismo dos representantes do povo, mas pela insignificância que se instaurou entre eles. Muitos vereadores, sem expressão, proferem discursos pobres e vazios, destituídos de projetos significativos.
O verdadeiro papel do parlamentar, como agente fiscalizador, parece ter desaparecido nas sombras do desinteresse. Hoje, os vereadores tornaram-se meros figurantes em um palco desolador, onde a conexão com a população desvanece a cada sessão.
Em uma triste constatação, as reuniões são realizadas em ambientes seletivos, com convidados escolhidos a dedo, reforçando a desconexão entre os representantes do povo e aqueles pelos quais deveriam ser guiados. A falta de diálogo é evidente, perpetuando a crise que assola a relação entre a câmara e a comunidade.
Caxias, outrora palco de discussões salutares e participação ativa, assiste impotente à derrocada de sua representação política. O futuro da cidade está interligado ao resgate da verdadeira essência do parlamentar: ser a voz do povo, o fiscal dos interesses coletivos, e não meramente um espectador apático em um cenário desolador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário