Caxias, uma cidade embriagada pela magia natalina, onde as luzes reluzem, mas a esperança se apaga. Enquanto a população se envolve num processo quase anestésico, as luzes do Natal iluminado não conseguem dissipar a sombra que paira sobre a economia cambaleante da cidade.
Num comércio já fragilizado, o prefeito Fábio Gentil mantém um silêncio ensurdecedor sobre o pagamento do décimo terceiro para os funcionários públicos, deixando à deriva aqueles que têm direito ao benefício. Enquanto as luzes permanecem acesas, iluminando as ruas, o cenário nas mesas dos caxienses é sombrio: pratos vazios refletem a difícil realidade de um povo já tão sofrido.
As luzes natalinas, longe de trazerem esperança, parecem apenas evidenciar a falta de luz nos olhos da população. Em todos os sentidos, a fumaça do descontentamento paira no ar, alimentada pela incerteza quanto ao futuro e pela ausência de medidas concretas para amenizar o sofrimento daqueles que lutam diariamente.
Caxias, envolta nas luzes efêmeras do Natal, anseia por mais do que uma iluminação temporária. Enquanto a cidade se embriaga na atmosfera festiva, a verdadeira festa ainda parece distante para aqueles que enfrentam um cenário desolador.
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