A canção "Chão de Giz" de Zé Ramalho apresenta uma letra poética e introspectiva, que aborda temas como solidão, devaneios, fotografias, desilusão amorosa, vícios e libertação. A letra é composta de várias metáforas e imagens, que ajudam a transmitir a complexidade das emoções do eu-lírico.
A primeira estrofe descreve a solidão do eu-lírico e sua tentativa de lidar com ela ao espalhar coisas sobre um chão de giz. Ele reconhece que seus devaneios são tolos e que as fotografias recortadas em jornais só o torturam mais. A segunda estrofe introduz a ideia de que o eu-lírico quer se libertar de um relacionamento que o prende e o machuca. Ele compara sua tentativa de disparar balas de canhão com a inutilidade de enfrentar um grão-vizir (um governante poderoso).
A terceira estrofe traz a imagem das violetas sem um colibri, que representa a falta de amor e companhia na vida do eu-lírico. Ele expressa o desejo de usar uma camisa de força ou de Vênus para se proteger, mas reconhece que não quer zombar do relacionamento. Ele decide não fumar apenas um cigarro ou gastar seu batom beijando alguém que não vale a pena.
A quarta estrofe traz a imagem de um caminhão na lona, que representa a queda do eu-lírico em sua busca por libertação. Ele reconhece que passou vinte anos sendo submisso a essa relação e que agora chegou ao fim. A última estrofe traz uma referência a Freud, que explica a complexidade da psicologia humana. O eu-lírico decide não se sujar com coisas pequenas, como fumar ou beijar alguém sem importância. Ele percebe que já passou seu carnaval (momento de alegria e descontração) e que agora precisa seguir em frente, deixando tudo para trás.
Em resumo, "Chão de Giz" é uma canção que fala sobre a luta interior de uma pessoa que tenta se libertar de um relacionamento tóxico e se encontrar novamente. A letra é poética e simbólica, mas consegue transmitir com clareza as emoções e pensamentos do eu-lírico.
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