O resultado de um exame toxicológico revelou quais eram as substâncias presentes no corpo da cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta, no período em que ela esteve internada antes de morrer na capital sergipana. O documento foi divulgado nesta segunda-feira (7), pelo assessor jurídico da banda, Wanderson dos Santos Nascimento. A artista morreu no dia 23 de fevereiro em Aracaju. A certidão de óbito da cantora aponta quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.
Além disso, o exame buscava identificar outras 10 substâncias, que foram negativadas, ou seja, não apareceram no organismo da cantora. São elas: benzodiazepínicos, cocaína, fenciclidina, opiáceos, maconha, metadona, metanfetamina, morfina, antidepressivo tricíclicos e ecstasy- MDMA.
Painel toxicológico mostrou substâncias presentes no organismo de Paulinha Abelha — Foto: Arquivo Pessoal
Segundo a infectologista, Manuela Santiago, o exame toxicológico costuma ser solicitado quando existe a suspeita de que uma substância possa ter relação com a morte do paciente.
“Não é uma rotina. Quando o paciente entra em coma de forma rápida sem motivo aparente, a gente utiliza o exame para avaliar o histórico e para ver os medicamentos que ele tomava”, explicou.
O resultado da biópsia indicou lesão hepática aguda com inflamação e morte das células que formam o fígado, o que poderia ter sido causado pelo uso de medicamentos.
Medicamentos utilizados por Paulinha Abelha — Foto: Arquivo Pessoal
O assessor jurídico divulgou também uma lista de remédios e suplementos utilizados por Paulinha, e indicados por uma nutróloga, para o auxílio do controle de peso. Entre eles, um estimulante anfetamínico.
Segundo o psiquiatra, César Santiago, as anfetaminas costumam aumentar a substâncias a nível cerebral, a noradrenalina e a dopamina, e como efeito colateral traz a diminuição do apetite para o indivíduo que tem o transtorno da compulsão alimentar.
O advogado Wanderson dos Santos Nascimento informou que a família aguarda o resultado de outros exames para que um laudo conclusivo sobre a morte seja obtido. A família da cantora não foi localizada para falar sobre o assunto.
A cantora foi internada em Aracaju em 11 de fevereiro, após sentir dores logo depois de ter chegado à cidade depois de uma turnê com a banda em São Paulo.
Seu quadro se agravou rapidamente. No dia 14, a cantora foi transferida para a UTI; três dias depois, Paulinha entrou em coma. No dia 23, as lesões neurológicas da cantora se agravaram e sua morte encefálica foi confirmada.
Fonte:g1
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