O aumento no preço dos combustíveis, anunciado na quinta, 10, pela Petrobras, levou caminhoneiros e transportadores de combustíveis a iniciarem uma paralisação nesta sexta, 11. O litro do óleo diesel, usado nos caminhões, passou a custar R$4,51 ao sair das refinarias; a estimativa da empresa Necton Investimentos é que o combustível chegue às bombas dos postos com o litro custando, em média, R$ 6,69. A situação revoltou os caminhoneiros, que consideram que o aumento praticamente inviabiliza que os motoristas possam se manter e continuar rodando com o valor pago nos fretes. Segundo entidades de classe, a orientação é que, quem estiver realizando a entrega de uma carga, finalize-a e na sequência volte para sua base.
A Petrobras ficou 57 dias sem realizar um reajuste até anunciar o aumento de 25% no preço do diesel, 19% no preço da gasolina e 16% no do gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha. A invasão da Ucrânia pela Rússia tornou inviável manter os valores que vinham sendo praticados – grande produtor e exportador de combustíveis fósseis, a Rússia sofreu pesadas sanções econômicas dos países ocidentais, o que levou a grandes aumentos no valor internacional do barril de petróleo. O preço dos combustíveis já era alvo de críticas por parte dos caminhoneiros em 2021 – o aumento do ano passado foi causado, principalmente, pela valorização do dólar e variação internacional do barril. A classe tenta repetir a greve de 2018, que praticamente paralisou o país durante nove dias.
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