segunda-feira, 24 de agosto de 2020

CRIME CONTROLA 1.413 COMUNIDADES NO RIO MOSTRA LEVANTAMENTO

O governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) apresentou à Justiça um relatório em defesa de operações policiais em favelas do estado. O documento do delegado Felipe Lobato Curi, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, diz que o setor de inteligência da Polícia Civil identificou 1.413 comunidades sob o domínio do crime organizado.

Segundo o documento, 1.135 comunidades estariam nas mãos de 3 facções voltadas para o narcotráfico: Comando Vermelho (828), Terceiro Comando Puro (238) e Amigo dos Amigos (69). Outros 278 locais estariam sob o comanda das milícias.

O relatório é anterior à decisão da semana passada, na qual o Supremo Tribunal Federal decidiu determinar uma série de restrições às ações de segurança pública no Rio de Janeiro. O uso de helicóptero, por exemplo, deve ser feito só sob “estrita necessidade”. Está proibido o uso de escolas ou unidades de saúde como bases operacionais da polícia.

O delegado Lobato Curi ataca a decisão anterior, de junho, na qual o ministro Edson Fachin suspendeu ações policiais nas comunidades do Rio durante a pandemia de Covid-19. 

No levantamento, é apontado que 1.779 unidades de ensino estão nessas áreas, tendo 505.411 alunos matriculados. As áreas também concentram 695 das 4.848 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e 672 locais de votação, com quase 2 milhões de eleitores.

“As restrições de operações em comunidades do Estado do Rio podem interferir no processo eleitoral, dificultando campanhas eleitorais, bem como as eleições”, disse o delegado, no relatório. Segundo ele, traficantes promovem festas para seus candidatos e coagem a população a votar neles.

Curi também diz que houve “praticamente uma guerra entre grupos rivais por dia” desde a decisão de Fachin, em junho. Ele afirma que “diversas criança e inocentes” teriam morrido e que as operações policiais seriam “de suma importância” para combater as facções.

“Essas três instituições do tráfico, todas estão ligadas ao Foro de São Paulo, porque todas têm a ‘droga’ oriunda da ‘Rota Caipira’ ou das ‘Farc'”, disse Mauro Fagundes no Boletim da Manhã. “Há três semanas antes da decisão do Fachin impedir a polícia de fazer as operações nas favelas, houve a maior apreensão de maconha em toda a história do Brasil”, completou.

Com informações, Poder 360

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