Se houve algum erro de cálculo político maior que o do Moro na História brasileira, esse erro foi o do Weintraub.
O cara tinha um espaço garantido dentro do conservadorismo, que lhe possibilitaria uma carreira brilhante, não fosse o ego super inflado.
Ao invés de reconhecer seu espaço de coadjuvante, no qual teria uma eleição a deputado federal garantida e ampla votação, resolveu tentar se cacifar como opção aos ‘conservadores’ desapontados com Bolsonaro.
E para realizar seu plano, passou a alimentar esse suposto desapontamento através de críticas reiteradas disfarçadas de apoio crítico, enquanto articulava sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes ciente de que no pleito iria concorrer contra o candidato de Bolsonaro.
Um erro de cálculo foi Weintraub acreditar que os conservadores mais puristas, desapontados com o fato de Bolsonaro fazer coalisão com o centro para governar, fossem maioria dentro do eleitorado do presidente.
Na verdade a maioria do eleitorado de direita é mais inclinada ao pragmatismo, que tem se mostrado mais capaz de evitar a volta da esquerda ao poder, do que a utopia purista.
É um traço de personalidade comum aos conservadores a preferência pelo que funciona, ao invés de modelos utópicos que só funcionam em discurso.
Outro erro foi não considerar que, por mais que os conservadores mais puristas estejam frustrados com a impossibilidade de Bolsonaro tocar a agenda conservadora, esse é um público que preza muito pela lealdade. Ninguém que se mostre desleal ganhará o voto dessa fatia do eleitorado.
Hoje Weintraub não se elege mais nem para deputado federal. Com muita sorte e uma boa correção de rumo, pode tentar uma vaga para deputado estadual.
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