O Maranhão registrou um aumento de 76,2% nos casos de zika, dengue e chikungunya no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Arboviroses, da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
De janeiro a março deste ano, foram 527 casos confirmados, somando todas as doenças, enquanto em 2021 foram registrados 402 casos. Veja na tabela a divisão.
Casos de dengue, zika e chikungunya no 1º trimestre de 2021 e 2022
Tipos de doença | Nº de casos em 2021 | Nº de casos em 2022 |
Dengue | 505 | 696 |
Zika | 6 | 3 |
Chikungunya | 16 | 230 |
Ao todo, em 2022, já ocorreram quatro mortes por doenças relacionadas ao mosquito Aedes Aegypti, sendo três por dengue (duas em São Luís e uma em Raposa); e uma por chikungunya ocorrida em São Luís.
De casos já confirmados, os municípios que mais registram as doenças em 2022 são:
- São Luís - 117 casos
- São Raimundo das Mangabeiras - 85 casos
- Alto Parnaíba - 52 casos
- Porto Franco - 52 casos
- Grajaú - 51 casos
- Barra do Corda - 34 casos
- Passagem Franca - 30 casos
- Imperatriz - 28 casos
- Balsas - 27 casos
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Janile Moura, pediu à população atenção no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, com medidas que evitem a disseminação de larvas do agente transmissor da dengue, como a manutenção de água parada nas residências e o descarte irregular de lixo.
“A gente combater um mosquito da dengue não é só um trabalho da secretaria de saúde; não é só o trabalho do agente de endemias […] a população vai nos ajudar verificando seus quintais e não deixando acumular água”, disse a coordenadora
Municípios próximos a Codó, como a cidade de Peritoró, situada a 236 km de São Luís, também enfrentam o crescimento no número de casos da doença.
A coordenadora Janile Moura também explicou que os riscos oferecidos pelo mosquito Aedes aegypti incluem a transmissão de doenças como a chikungunya e o zika vírus, que, junto à dengue, colocam a vida da população em risco.
“São três doenças sérias. A dengue mata; o zika vírus pode causar microcefalia em bebês e a chikungunya tem toda uma sequela após o término dos sintomas”, finalizou.
Como medidas de prevenção e controle do mosquito, a Secretaria de Estado da Saúde recomenda as seguintes ações, que devem ser feitas por cada cidadão:
- Manter limpos os recipientes/locais de armazenamento de água
- Acionar a Secretaria Municipal de Saúde ou outro ente público quando forem identificados focos do mosquito Aedes Aegypti de difícil eliminação pelos moradores ou pela população
- Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água
- Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
- Manter garrafas de vidro e latinhas de boca virada para baixo
- Guardar pneus em locais cobertos, protegidos de chuva
- Fazer sempre a manutenção de piscinas
- Encher com massa de cimento os cacos de vidro de muros
- Manter as calhas limpas para evitar coleção de água
- Lavar os tanques, caixas d’água, tonéis, jarros de planta (áreas internas e externas) com escova para retirada dos ovos do mosquito
- Dar destino ao lixo, não acumulando resíduos e recipientes nas áreas ao redor da residência
- As empresas de construção civil devem assegurar que as áreas de construção estejam livres de focos do mosquito
- As imobiliárias devem manter os imóveis sob sua responsabilidade limpos e assegurar a entrada dos agentes de controle endemias de combate a dengue dos municípios nos prédios para vistoria e tratamento de focos
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