PROFESSORES BUSCAM RECOMPOSIÇÃO SALARIAL APÓS PERDAS INFLACIONÁRIAS
Há duas semanas, os professores e professoras das Universidades Estaduais do Maranhão e da Universidade Estadual da Região Tocantina (UEMASUL) estão em greve por tempo indeterminado. A principal reivindicação da categoria é a recomposição salarial que visa cobrir uma defasagem alarmante de 50.28% em seus rendimentos, causada pela inflação acumulada nos últimos 10 anos, de 2012 a 2023.
Essa demanda pode ser mais bem compreendida como uma tentativa de recuperar o poder de compra perdido ao longo da última década. De acordo com os dados apresentados, os professores estaduais do Maranhão viram seu poder de compra minguar em 50%, deixando-os desalentados diante da situação. Em termos práticos, receberiam hoje o mesmo salário que recebiam há uma década atrás.
A categoria protocolou sua proposta de recomposição salarial integral no dia 28 de abril de 2023, dirigindo-se à chefe de gabinete do governador Carlos Brandão. No entanto, após seis meses, não houve resposta ou sinalização por parte do governador para discutir a situação dos professores das universidades, gerando descontentamento e a sensação de desprestígio por parte da classe docente.
A situação afeta diretamente não apenas os 2.000 professores em greve, mas também os 50.000 estudantes que frequentam essas instituições de ensino superior. Além disso, informações indicam que o governador Carlos Brandão cortou 168 milhões de reais do orçamento das universidades estaduais do Maranhão, agravando ainda mais a situação.
A greve dos professores é um chamado à atenção não apenas para a recomposição salarial, mas também para a valorização da educação superior no estado do Maranhão. Enquanto a greve continua, a expectativa é que o governo estadual reconsidere sua postura em relação a esses profissionais dedicados que desempenham um papel crucial na formação de futuros profissionais e no desenvolvimento da região.
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