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Em um marco histórico para a vitivinicultura nordestina e brasileira, a região do Vale do São Francisco acaba de receber o reconhecimento de ter a primeira indicação de procedência de vinhos tropicais no Brasil.
Com este selo, a Europa, referência na produção de vinhos no mundo, reconhece a região como referência no Brasil no tocante à produção de vinhos. Antes disso, o Vale do São Francisco tinha apenas reconhecimento pelo manejo e produção de uvas de mesa e frutas tropicais. O registro conquistado – Indicação de Procedência Vale do São Francisco – abre mercados internacionais para o vinho baiano.
Todo o processo que levou à obtenção do selo foi executado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com resultado anunciado no último dia (1).
O novo status da região foi publicitado por meio de publicação na Revista de Propriedade Industrial (RPI) nº 2704 e o levantamento para se conseguir o selo é baseado em requisitos equivalentes aos da União Europeia. A demanda para o estudo partiu do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf), instituição privada, sem fins lucrativos, que congrega os produtores, viticultores, além de vinícolas da região produtora de vinhos.
A nova indicação protege vinhos originais do Vale do São Francisco, indicada como região geografia peculiar no contexto mundial, levando em consideração a diversidade de tipos de uvas que podem ser cultivadas. No Vale do São Francisco pode-se encontrar variedades adaptadas a diferentes condições de clima, solo e biomas. O registro conseguido contribui com o fortalecimento da relação entre as vinícolas da região, especialmente pela busca comum de melhoria constante na qualidade e expressão da tipicidade nos vinhos elaborados.
Para o Secretário da Agricultura do Estado da Bahia, Leonardo Bandeira, o selo, além de agregar valor aos vinhos produzido no Vale do São Francisco, mostra-se como exemplo da eficiência do trabalho realizado no campo, na Bahia, estado que, frisa o secretário, entrega produtos de qualidade para os mercados interno e externo. “A nossa região do Vale do São Francisco é capaz de produzir uma média de 1,5 milhão de litros de vinho por ano. Mas nessa parte da Bahia também merece destaque a produção de espumantes, que está em aproximadamente três milhões de litros por ano”, dimensionou Bandeira.
Essa conquista é fruto do esforço de diversas instituições e dos produtores da região. Organizações de pesquisa e ensino (Embrapa, Univasf, Uneb), entidades públicas e privadas (Valexport, Senar), seguiram em busca de entregar para os mercados interno e externo o melhor que a região pode produzir, em termos de produtos derivados da produção de uvas. “Os vinhos do Vale são únicos e, num futuro breve, a partir de 2023, o consumidor poderá degustar os primeiros com a Indicação de Procedência, um selo que faz com que os produtos da região entrem no seleto grupo de vinhos oficialmente aceitos pelos países mais exigentes nesse quesito”, ressaltou o secretário de Estado.
FONTE: Da Secom-BA
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