De janeiro a novembro deste ano, foram registrados 64 casos de feminicídios no Maranhão. São sete casos a mais do que o registrado em todo o ano passado no Estado. E, apesar de todos os crimes terem sido elucidados, apenas 37 homens estão presos.
O último caso de feminicídios registrado no Maranhão aconteceu no fim de semana, quando morreu uma mulher, de 38 anos, que foi atacada a pauladas pelo companheiro na cidade de Davinópolis, a 663 km de São Luís. O suspeito foi preso pela Patrulha Maria da Penha.
Segundo dados da Polícia Militar do Maranhão, 40 mil mulheres já foram atendidas pela Patrulha Maria da Penha, no maranhão.
O serviço, que está em expansão para garantir o direito de mulheres vítimas de violência, chegou à cidade de Barreirinha, a 252 km de São Luís.
A rotina de quem trabalha na proteção de mulheres vítimas de violência começa cedo. Em São Luís, por dia, trinta mulheres recebem a visita da patrulha.
Na Região Metropolitana de São Luís, já foram realizados 27 mil atendimentos desde que o sistema foi criado.
A patrulha maria da penha existe desde 2017 e faz atendimentos não só na capital, mas em todo estado. No Maranhão, 40 mil atendimentos já foram feitos. E, por causa da grande demanda, o sistema de segurança está sendo ampliado. Até o fim do ano, novos postos serão implantados no interior do Estado.
O Maranhão conta, atualmente, com 14 patrulhas Maria da Penha. A mais recente começou a funcionar em Barreirinhas, este mês. Segundo informações da Polícia Militar, até dezembro, o serviço vai ser inaugurado em Buriticupu, Rosário, Grajaú e Codó.
Só em 2022, 64 mulheres já foram mortas por companheiros ou ex-companheiros. E 390 homens já foram presos por descumprimento da medida protetiva.
“O sistema de segurança com um todo tem procurado formas de tentar minimizar esses crimes que estão acontecendo. Nós sabemos que, infelizmente, as mulheres que estão morrendo são mulheres que não denunciaram.
E isso reforça que a cultura da não denúncia, de se perpetuar no ciclo de violência, prova que isso leva ao feminicídio. Então, a Polícia Militar está levando esse trabalho pra reforçar, pra mulher entender que ela vai ser acolhida, vai ser atendida, quando ela fizer a denúncia”, explica a tenente-coronel Edhyelem Santos, coordenadora estadual das Patrulhas Maria da Penha.
G1ma
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