quinta-feira, 17 de novembro de 2022

PF FAZ OPERAÇÃO CONTRA ESQUEMA DE CORRUPÇÃO, FRAUDES A LICITAÇÕES, EVASÃO DE DIVISAS E LAVAGEM DE DINHEIRO ENVOLVENDO A FGV


A Polícia Federal (PF) realiza uma ação contra um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro implementado por organização criminosa através de uma instituição de ensino. Entre os investigados estão membros da família Simonsen, fundadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e parentes do ex-ministro da Economia Mario Henrique Simonsen (1935-1997), como Ricardo Simonsen, MariaI Inês Norbert Simonsen e Rafael Norbert Simonsen, segundo o site g1.

A operação Sofisma teve início com as investigações em 2019, após informações de que a instituição era utilizada por órgãos federais e por vários outros órgãos estaduais para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de contratos que resultaram em pagamento de propinas, funcionando como um verdadeiro “biombo legal”.

O nome da ação faz alusão à figura grega dos sofistas, filósofos que, através da argumentação, transvestiam de veracidade informações que sabiam ser falsas, com a intenção de manipular a população. 

De acordo com a Polícia Federal, os envolvidos, através da fundação, superfaturavam contratos realizados por dispensa de licitação e fraudavam "processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam em licitações coordenadas por ela".

Em seguida, ocorriam lavagem de dinheiro, evasão de divisas e de ilícitos fiscais com o envio dessa verba para offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas. No Brasil, também são usadas empresas de fachada. Agentes estão em endereços ligados a envolvidos do esquema, como a sede da própria FGV, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Cerca de 100 policiais federais cumprem 29 mandados de busca e apreensão, dos quais 23 mandados no Rio e três em São Paulo, expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro. Também foram emitidas ordens de sequestro e cautelares restritivas.

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