Em um levantamento divulgado nessa semana, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) relatou ter escutado, do dia 03 a 07 de Abril, pequenas empresas com o propósito de mensurar o fatídico resultado do isolamento social sobre milhões de pessoas e pequenas empresas (responsáveis pela maioria dos empregos, cabe notar).
Os resultados, embora não sejam surpreendentes, foram aterradores e, mesmo, desesperadores. Até esse momento cerca de 600 mil empresas tiveram que encerrar suas atividades, com um saldo de quase 10 milhões de pessoas demitidas.
Ainda segundo o SEBRAE, a situação financeira de 73% das empresas já era delicada antes do isolamento imposto em virtude da pandemia do coronavírus. Com o isolamento, seu faturamento obviamente caiu ainda mais. E, para complicar, a maioria dessas empresas está tendo seus pedidos de empréstimo bancário negados.
E a situação não está restrita ao Brasil. Um estudo de especialistas do King's College London [Reino Unido] e da Australian National University [ANU – Austrália], o qual foi feito a partir de dados do Banco Mundial, revelou que a crise causada pelo coronavírus, e seu impacto na economia, pode levar os países em desenvolvimento a regredirem a um estágio de 30 anos atrás.
Estima-se que meio bilhão de pessoas já foram levadas à pobreza. Como diz um dos responsáveis pelo relatório, “a crise econômica será potencialmente ainda mais grave do que a crise da saúde”.
Tal estudo considera pobreza a vida com uma renda diária de até U$5,50 (aproximadamente R$28,80 – menos de um salário mínimo mensal). Tendo esse valor como patamar, o estudo prevê que, ao final da pandemia, haverá 3,9 bilhões de pessoas vivendo em estado de pobreza no mundo. Ou seja, se a estimativa se confirmar, um pouco mais da metade da população mundial viverá na pobreza.
Como indiquei acima, tais dados não são uma surpresa. Afinal, desde o início algumas vozes solitárias têm anunciado que as medidas que estão sendo impostas terão um custo altíssimo, talvez impagável.
Fonte:Cidadeonline
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