Apesar de ter registrado um lucro expressivo de R\$ 16 bilhões em 2024, o Bradesco anunciou o encerramento das atividades de dez agências e seis postos de atendimento no interior do Maranhão até junho deste ano. A medida, segundo o banco, faz parte de um processo de reestruturação nacional.
As agências a serem desativadas estão localizadas nos municípios de Arame, Sítio Novo, Campestre, Fortaleza dos Nogueiras, Santo Antônio dos Lopes, Matinha, Duque Bacelar, Icatu, Mata Roma e São Benedito do Rio Preto. Já os postos de atendimento afetados incluem as cidades de Axixá, Presidente Juscelino, Luís Domingues, Sucupira do Norte, São Félix de Balsas e Buriti.
A decisão gerou forte oposição do Sindicato dos Bancários do Maranhão, que denuncia os impactos sociais da medida. De acordo com a entidade, o fechamento das unidades vai privar milhares de pessoas — especialmente aposentados e pensionistas — de serviços bancários essenciais, já que, em muitas dessas localidades, o Bradesco é a única instituição financeira presente.
O sindicato também relembra que o Bradesco assumiu o compromisso de manter presença em todos os municípios maranhenses após a aquisição do extinto Banco do Estado do Maranhão (BEM). Para a categoria, a medida representa não apenas um retrocesso no acesso bancário, mas também ameaça a economia local ao potencialmente causar demissões e reduzir o fluxo de consumidores no comércio.
Em resposta, o Sindicato dos Bancários convocou o Ministério Público, o Procon, parlamentares, a imprensa e a sociedade civil a se mobilizarem contra a decisão, classificada como um “ataque cruel à população mais vulnerável”.
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