terça-feira, 19 de novembro de 2024

IRRESPONSABILIDADE DE EMPRESA DANIFICA SÍTIO HISTÓRICO DA BALAIADA EM CAXIAS

O Conselho Municipal de Cultura de Caxias (CMC) emitiu, nesta segunda-feira (18), uma nota oficial sobre um incidente grave que comprometeu o sítio arqueológico do antigo Quartel da Balaiada, situado no Morro do Alecrim. No último sábado, 16 de novembro, a instalação de uma estrutura metálica diretamente sobre o piso histórico causou danos irreversíveis a esse patrimônio de grande valor cultural e histórico para o município.  

A ação foi realizada pela empresa JM Engenharia e Serviços Gráficos LTDA, de Caxias, sem que até o momento tenha havido justificativa ou esclarecimento público sobre a intervenção. Segundo o Conselho, a obra foi feita com perfurações no solo do sítio, evidenciando total negligência quanto à preservação do local.  


O antigo Quartel da Balaiada é um símbolo da história nacional, remanescente da Revolta da Balaiada (1838-1841), um movimento social que marcou o Brasil Império. Danos como os ocorridos no último sábado não só desrespeitam a memória coletiva como prejudicam as iniciativas de valorização cultural e o potencial turístico de Caxias.  

O Conselho Municipal de Cultura classificou a atitude como irresponsável e destacou a falta de cuidado da empresa com as regras de preservação patrimonial. Em reunião extraordinária realizada nesta segunda-feira com o secretário municipal de Cultura, Maciel Mourão, o Conselho exigiu respostas imediatas e a responsabilização dos envolvidos.  


Apesar da gravidade do caso, a JM Engenharia e Serviços Gráficos LTDA permanece em silêncio. A ausência de um posicionamento por parte da empresa reforça a percepção de negligência e desprezo com o patrimônio histórico. Além disso, levanta questionamentos sobre a falta de fiscalização e a fragilidade das políticas públicas voltadas à preservação cultural em Caxias.  


O Conselho, em parceria com a Coordenação de Patrimônio Histórico, já iniciou as tratativas para exigir reparação e punir os responsáveis pelos danos. A entidade também defende o reforço da fiscalização e a criação de normativas mais rígidas para evitar a repetição de episódios semelhantes.  

Em sua nota, o Conselho alertou para a necessidade de ações concretas que reforcem a valorização do patrimônio histórico da cidade, argumentando que intervenções irresponsáveis como essa comprometem não apenas o passado, mas também o futuro cultural e econômico de Caxias.  

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