domingo, 24 de novembro de 2024

ASSISTENCIALISMO E POBREZA NO MARANHÃO: UMA RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA

O economista, analista internacional e professor Gustavo Alberto Segré, durante entrevista ao podcast Conversar Paralela, criticou o modelo de assistencialismo adotado em países como Argentina e Brasil. Segundo Segré, o assistencialismo, além de não resolver a pobreza, tem sido usado como instrumento eleitoreiro, impedindo o desenvolvimento econômico e social.  

De acordo com o professor da Universidade Paulista e referência no partido argentino de centro-direita Republicanos Unidos, uma falha central no cálculo do desemprego é que ele não considera pessoas que vivem exclusivamente de programas assistenciais e não estão procurando emprego. “O índice de desemprego é estabelecido com base nas pessoas que procuram emprego e não conseguem. Quem vive de bolsa assistencial, sem trabalhar e sem buscar emprego, não entra nessa conta”, explicou.  

O caso do Maranhão 

Como exemplo, Segré citou o estado do Maranhão, no Brasil. Segundo ele, atualmente, cerca de 1,2 milhão de pessoas recebem benefícios sociais do governo federal no estado, enquanto apenas 600 mil possuem carteira assinada. Para o economista, esses números evidenciam que o assistencialismo, isoladamente, não resolve a pobreza.  

“O Maranhão é o estado mais pobre do Brasil, e isso mostra que o assistencialismo não funciona. Se fosse eficiente, o estado estaria em uma situação melhor. O que precisa ser feito é gerar empregos, incentivar a educação e promover meios para que as pessoas possam sair da dependência do governo”, argumentou.  

Assistencialismo e política 

Segré também destacou que o assistencialismo é frequentemente utilizado como estratégia eleitoreira. Ele afirmou que muitos políticos preferem manter a população dependente de benefícios do que adotar políticas de geração de empregos e capacitação, que promoveriam uma mudança estrutural na sociedade.  

Para o economista, o foco deveria estar em criar condições para que as pessoas estudem e consigam empregos melhores, saindo da situação de pobreza de forma sustentável. “Precisamos estimular o trabalho, o estudo e a autonomia das pessoas, para que elas possam aspirar a uma vida melhor, sem depender do assistencialismo”, concluiu.  

A crítica de Segré reforça um debate antigo sobre a eficácia dos programas de assistência social e o desafio de equilibrar políticas de proteção social com iniciativas que incentivem o crescimento econômico e a inclusão produtiva.
A fala do Segré sobre o "mal do assistencialismo" ocorre a partir dos 12 minutos do início da entrevista.
Acesse o link abaixo com a entrevista completa

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