Na tarde desta terça-feira (28), uma breve chuva foi o gatilho para a tragédia que se abateu sobre o Shopping da Gente. A obra, que consumiu cerca de 20 milhões de reais e levou intermináveis sete anos para ser concluída, revelou sua fragilidade logo no primeiro teste com as intempéries.
Os camelôs, que esperavam prosperar no novo espaço comercial, retornaram a um cenário de desespero. A estrutura deficiente não impediu que a água invadisse rapidamente o local, transformando os corredores em verdadeiros riachos improvisados. O que deveria ser um refúgio para o comércio local tornou-se um pesadelo.
O sufoco dos vendedores foi evidente, lutando para evitar que a água tomasse ainda mais espaço. A cena desoladora expõe a vulnerabilidade do investimento público, deixando os comerciantes à mercê de uma obra malfeita. O período chuvoso nem começou oficialmente, mas os estragos já são alarmantes.
Enquanto os camelos enfrentam a dura realidade de verem seus negócios ameaçados pela falta de planejamento e execução adequada, a comunidade se questiona sobre como uma obra tão aguardada pode resultar em tamanho desastre. As consequências da negligência na construção agora refletem não apenas em prejuízos materiais, mas também na frustração de uma cidade que depositou suas esperanças nesse empreendimento.
Fica a dura lição de que, por trás de grandes investimentos, a qualidade da execução é crucial. O Shopping da Gente, que deveria ser símbolo de progresso, tornou-se, ironicamente, um retrato da negligência e da falta de comprometimento com o bem-estar da comunidade.
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