Em Caxias, nos dois grandes conjuntos habitacionais, o Residencial Eugênio Coutinho com suas 2.000 casas e a Vila Paraíso com 3.000 residências, destacam-se não pela prosperidade, mas pela ausência de serviços essenciais.
Desde o início da pandemia, o Residencial Eugênio Coutinho enfrentou um desafio ainda maior: a falta de transporte coletivo. Um serviço que, quando tentou retornar, fez isso de forma tão desorganizada que mal durou uma semana. Horários de viagem não divulgados, pontos de parada sem sinalização — uma tentativa frustrada que deixou os moradores ainda mais isolados.
Este conjunto, desprovido de áreas comerciais, carece de comodidades básicas. Não há supermercado, farmácia, casa lotérica ou agência da Caixa. Para qualquer necessidade, os residentes são obrigados a deixar o conjunto, tornando o acesso aos serviços simples uma jornada.
Além disso, Eugênio Coutinho enfrentou o vazio de projetos sociais. Não há suporte para jovens, idosos ou mulheres chefes de família. Uma comunidade esquecida, cujas demandas básicas e aspirações são ignoradas.
Enquanto a cidade avança, o Residencial Eugênio Coutinho permanece à margem, uma sombra de sua potencial vitalidade. Esta é a triste realidade de uma comunidade onde a falta de cuidado e atenção torna a vida ainda mais difícil para seus habitantes.
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