quarta-feira, 22 de maio de 2024

A MORTE DO "AÇOUGUEIRO DE TEERÃ" ABALA IRÃ E REPERCUTE EM ISRAEL

Na edição desta segunda-feira (20) do Brado Jornal, o apresentador Thimoteo Oliveira (@thimoteooliveira_) abordou a morte do ditador iraniano Ebrahim Raisi, conhecido como o "Açougueiro de Teerã". Em uma conversa com a jornalista Didi Rugani (@didirugani), residente em Tel Aviv, capital de Israel, foi discutido o impacto do acidente que vitimou Raisi, bem como seu controverso legado.

Ebrahim Raisi, acusado da execução de milhares de dissidentes na década de 1980, agravou a instabilidade política e econômica do Irã desde sua eleição em 2021. Ele sucedeu o moderado Hassan Rouhani, que, após dois mandatos consecutivos, não pôde concorrer novamente. Rouhani havia derrotado Raisi nas eleições presidenciais de 2017.

A eleição de Raisi em 2021 foi marcada por polêmicas e uma ausência massiva da população nas urnas, uma vez que adversários do então candidato foram impedidos de concorrer. Em resposta, lideranças de oposição pregaram um boicote ao pleito.

A atuação de Raisi no chamado "comitê da morte" foi denunciada pela Anistia Internacional em 2018. Segundo um relatório da ONG, as execuções teriam ocorrido entre o final de julho e o início de setembro de 1988, com corpos de pelo menos três mil vítimas enterrados em valas comuns não identificadas.

O falecimento de Raisi abre uma nova fase de incertezas para o Irã, já que sua gestão vinha sendo criticada pela exacerbação de crises internas. A conversa entre Oliveira e Rugani ressaltou as possíveis repercussões políticas e econômicas da morte do ditador para a região.

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