Após anos de intensas investigações, a Polícia Federal chegou a três mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Segundo revelações feitas por fontes policiais à delação de Ronnie Lessa foi considerada um ponto crucial para o avanço das operações, cuja homologação pelo Supremo Tribunal Federal ocorreu na semana passada.
Conforme informações obtidas, Lessa, que confessou sua participação no crime, apontou o ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, como o mentor por trás do planejamento detalhado do assassinato da vereadora, garantindo a impunidade aos executores.
Rivaldo Barbosa assumiu o cargo de chefe do Departamento de Homicídios no dia 13 de março de 2018, um dia antes do trágico episódio que chocou o país. Sua nomeação foi realizada pelo então interventor federal do Rio de Janeiro, general Braga Netto.
A operação que resultou nas prisões dos suspeitos foi coordenada pela Polícia Federal, com o apoio da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Entre os presos, além de Rivaldo Barbosa, estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão, ambos ligados ao clã Brazão. Este último é conhecido por coordenar milícias na região de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
A motivação por trás do assassinato de Marielle Franco pode estar relacionada ao embate da ex-parlamentar com o clã Brazão, cujos membros são alvos da operação atual. Domingos Brazão já havia sido citado na CPI das Milícias, em 2008.
A Polícia Federal ainda trabalha com outras linhas de investigação, destacando-se a expansão territorial e questões fundiárias como possíveis motivações adicionais. Os suspeitos serão interrogados ainda neste domingo na superintendência da PF, no Rio de Janeiro.
Fonte:Correiobraziliense
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