Quero deixar claro desde o início: respeito profundamente as instituições democráticas e jamais tive a intenção de atacar a Justiça como um todo. A justiça, quando exercida com imparcialidade e integridade, é quase sagrada. No entanto, isso não significa que devemos ignorar as falhas e os privilégios que existem dentro do sistema.
Minha manifestação forte e enérgica veio num contexto de ataque político local. A oposição perdeu as eleições e, desde então, alguns têm me colocado como alvo de perseguições e distorções. Fui candidato a vereador, mas renunciei por princípios, por valores, por coerência. Eu não compactuo com certas práticas políticas, e minha decisão incomodou algumas pessoas.
Agora, tentam usar um vídeo fora de contexto para me atingir, como se eu tivesse atacado toda a Justiça ou tentado comprar alguém. Primeiro, eu sou professor de História, Recursos Humanos e gestor escolar, no entanto, estou desempregado. Como é que eu poderia comprar alguém? Isso é absurdo. Se minha postura fosse por interesse pessoal, eu teria aceitado as velhas práticas políticas e seguido outro caminho. Mas não, minha atuação sempre foi baseada na coerência.
Minha crítica foi direcionada a um problema real que o Brasil enfrenta: juízes que vendem sentenças, magistrados que negociam alvarás, flagrados em corrupção e que, em vez de serem presos, são premiados com aposentadoria compulsória. Isso é um escárnio com o povo brasileiro. Eles deveriam ser tratados como cidadãos normais, não como deuses.
O Maranhão é um dos estados mais pobres da nossa federação. Como aceitar que existam magistrados ganhando muito acima do teto enquanto falta o básico para a população? Como aceitar um sistema onde juízes corruptos não são punidos de verdade? Por isso, sou a favor de uma CPI da Toga para investigar essas práticas e garantir que a Justiça seja realmente justa.
Aos servidores sérios do Judiciário, homens e mulheres que trabalham duro todos os dias, tenham o meu respeito e minha honra. Jamais minhas palavras foram dirigidas a vocês. Meu repúdio é exclusivo para aqueles que usam a toga para cometer injustiças e enriquecer ilicitamente. Esses, sim, merecem ser expostos e punidos.
Por fim, retirei o vídeo do meu Instagram porque percebi que ele estava sendo usado para distorcer minha fala e dar a entender que eu atacava a instituição da Justiça, o que não é verdade. A Justiça é essencial para um país democrático, mas o povo também é um poder e tem o direito de cobrar transparência e honestidade.
Fica aqui o meu desabafo e a reafirmação dos meus princípios. Eu não tenho medo da verdade.
Atenciosamente, Professor Jander Avelino.
VÍDEO:
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