A exemplo de outras cidades maranhenses, a delegacia do município Parnarama, apresenta um cenário de total abandono. A falta de investimento do Estado reflete no aumento da criminalidade e insegurança da população.
O imóvel onde funciona a delegacia de Parnarama é uma casa alugada há mais de duas décadas e que nunca passou por nenhuma reforma ou ampliação, com paredes manchadas, infiltrações e uma cela que mais parace um 'depósito de gente'.
A delegada titular, Rosa Lina Moura, que às vezes não tem material de expediente para expedir um mandado de prisão ou busca, também encara outros dois problemas que prejudicam o trabalho. Um deles é a falta de agentes para atender a demanda e o outro a falta de viaturas.
Sem um efetivo de policial à contento, algumas ocorrências sequer chegam a ser atendidas. Com a escassez de pessoal, ao finais de semana e feriados a porta da delegacia permanece fechada.
"Já chegou ao ponto dos policiais encorajar a gente para tirar a denúncia porque não é apenas a falta de policiais, também falta viatura", disse um cidadão PARNARAMENSE que preferiu não ser identificado.
Com apenas um único veículo, a delegada encontra difuldade para realizar diligências e cumprir a entrega de uma simples intimação. Quando o carro não está na oficial em Timon, coisa corriqueira, está na frente da delegacia por falta de combustível.
Somado ao descaso nas estruturas das delegacias do estado, está a falta de delegados. Segundo dados já divulgados pelo Ministério Público, quase 77% dos municípios maranhenses não possuem delegados.
Dos 217 municípios, mais de 167 deles não possuem profissionais para comandar investigações e liderar operações policiais. O Maranhão é o segundo estado do país que menos investe em segurança pública, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança.
Valdir Rios RG 00002/MA
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