O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), teve uma das costelas fraturadas após ter sido agredido por uma cadeirada por José Luiz Datena (PSDB) durante debate da TV Cultura neste domingo (15).
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa de Marçal após exames terem detectado a lesão.
Além da fratura, a campanha ressalta que o candidato também está com o braço imobilizado e com as mãos inchadas por tentar se defender no momento da agressão.
Marçal chegou ao hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por volta da meia-noite desta segunda-feira (16). Ele foi encaminhado em uma ambulância após ter sentido dificuldades para respirar e ter deixado o debate.
Logo quando chegou, Marçal foi submetido a tomografia e ressonância magnética que identificaram as lesões.
Com isso, a campanha cancelou todos os compromissos de agenda e aparições públicas. Além disso, o candidato registrou boletim de ocorrência contra Datena por lesão corporal e injúria.
O debate de domingo foi o quinto encontro entre os candidatos de São Paulo.
Em cada um deles, a maneira como um postulante tratou o outro escalou para níveis cada vez mais beligerantes em comparação às mesas-redondas anteriores.
Nesse domingo, antes do início do debate, as equipes de campanha chegaram a destacar, nas conversas de bastidores com jornalistas, como as regras do encontro da TV Cultura eram restritivas — como o sorteio de adversários para as respostas.
Mas isso não foi suficiente para evitar a série de agressões verbais que vinham marcando os encontros, nem o “pugilato” envolvendo Datena e Marçal, como descreveu o mediador do debate da Cultura, jornalista Leão Serva.
O encontro que antecedeu o debate desse domingo ocorreu no dia 1º de setembro e foi promovido pela TV Gazeta e pelo canal MyNews. Na ocasião, Datena já havia descido de seu púlpito para se aproximar de Marçal, ameaçando agredi-lo, mas interrompeu a ação mesmo diante da provocação do adversário, que o chamou para a briga.
Mesmo assim, a falta de respeito entre os candidatos já havia atingido um nível inédito nas eleições da capital. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, referiu-se ao adversário Guilherme Boulos (PSol) como “invasor”, em referência à atuação política do deputado federal no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Boulos, por sua vez, chamou o prefeito de “ladrãozinho de creche”, em alusão à investigação da Polícia Federal que ligava Nunes à Máfia das Creches, desmantelada após investigação.
Marçal chamou o prefeito de “bananinha”, Boulos de “Boules”, por causa do Hino Nacional cantado em linguagem neutra durante um ato de campanha, Datena de “Dapena”, e a deputada federal Tabata Amaral (PSB) de “Chatábata”.
Com exceção dela, todos revidaram as ofensas com novas agressões verbais.
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