No cartaz, estrofe inicial do poema "Narciso", de Edmilson Sanches, extraído de seu livro "Autopoiésis", lançado em 2010.
Uma empresa caxiense, PortalMail, provedora de conexão para Internet, selecionou poemas de sete autores caxienses, reproduziram-nos de forma simples em cartolinas, que foram silenciosamente expostas por jovens (mulheres e homem) por diversos logradouros da cidade de Caxias, terra natal de ANTÔNIO GONÇALVES DIAS, que nasceu em 10 de agosto de 1823 e faleceu em naufrágio em Guimarães (MA).
Uma excelente e pouco comum iniciativa, que bem poderia ser adotada por outras empresas e, mormente, pelos Poderes Públicos, que aqui e acolá costumam exibir um amor que é mais retórica que realidade. (Como não fui procurado sobre o assunto, creio que a -- boa -- surpresa foi tanto para autores quanto eventuais leitores.)
Que o exemplo, repita-se, permaneça, seja seguido e replicado em outras datas dos muitos autores de outrora e de agora que ainda teimam em resistir à impassividade do tempo e ao pouco caso de leitores e descaso de autoridades.
Pelas cartolinas e pelas mãos jovens, os poemas, como "walking poetries", caminharam caminhos caxienses, caminhos andados quem sabe desde o menino e o adulto Antônio Gonçalves Dias. Praças, o calçadão, ruas, em frente a históricos prédios etc., poemas de ontem e de hoje teimaram em deixar, quem sabe?, pegadas para o amanhã...
À maneira de Castro Alves, bendito o que semeia poesia à mão cheia, e deixa o povo ler e pensar...
EDMILSON SANCHES
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